sábado, 16 de outubro de 2010

Nuvem

Nuvem, poeira cósmica
Ao nascer de um novo dia
Venha despertar
Ao mundo fantasias
Amiga das estrelas
Amante do luar
Vendo graciosa
Voce se transformar
Embalada pelo vento
Sem ter onde chegar
Suas esóticas formas
Vão revelar, no dia, na noite
Onde eu me encontrar
Nuvem poeira, vem fantasiar
Amiga, amante me faz sonhar
No dia, na noite
Onde eu me encontrar


Por: Adilson Vieira

Murmurios

Como a estrela que o dia não vê
Como a sombra que esmorece ao anoitecer
Entre o dia e a noite os luminares se encontram
Mas por todos eles murmúrios se enlaçam
Cavalga em meus olhos lembranças
Pelas estradas que passei,
Doce rio, águas mansas
O amor mais profundo que você não vê
Despertas as noites
Com a estrela mais brilhante
Que não quer perecer


Por: Adilson Vieira

Laços

Ao tentar o primeiro passo
Penso; liberdade já conseguida ?
Envolto em sonhos me desfaço
Pela realidade envolvida
Os pequenos grandes laços
Que nos prendem nesta vida
Leva-nos tempo, embaraços
De nossa luta, nossa sina
Resta-nos enfrentarmos nossos passos
E em nós mesmos encontrarmos
A saída
E escolhermos em qual dos laços
Nos levará a fonte da vida



Por: Adilson Vieira

Outra Rotina

Esperava esperar
A esperança que se tem
Quando criança

Sonhava sonhar
Os sonhos da infância

Alcancei o que não
Esperava alcançar
Pisei onde outros
Pisaram devagar

Vaguei como vaga
A lua ao luar

Distante da distancia
Que me separa de ti
Busco outra rotina
Além de mim.

Por: Adilson Vieira

domingo, 29 de agosto de 2010

Imagem Desfeita

O pássaro voa na imensidão azul
O Barco navega na direção sul
Os dois em aparente liberdade
Homem preso em sentimento
Quer igualdade
Em verdade busca a mente
Policía o espírito consciente
Rebusca a imagem desfeita
Saudade te fez eleita

Por: Adilson Vieira

Hoje

Vivemos hoje
Com o medo pairando os olhos
Emoção contida no peito
Implodindo nosso tempo
Escondendo sentimentos

Um gosto amargo
Da solidão que envenena o homem
Que desflorecem nossos frutos
O gesto fel do nosso amor
Desfrutado sobre a dor

Eu não posso mais viver, meu amor !
Se não viver com voce em amor !

Por : Adilson Vieira

sábado, 21 de agosto de 2010

Flor

Pena que a vida da flor
Seja muito rápida e curta
Mas com o exalar do seu amor
Ela eterniza sua memória absoluta
Na curta vida de uma flor
Ela doa à abelha e ao poeta
Ao poeta seu aroma, seu pudor
À abelha sua vida, seu néctar

Por: Adilson Vieira

Esperança

Eu sou aquele que observa
Os momentos que agora são,
Perecem
Eu sou a rosa que espera
As águas da cachoeira
que descem.

Por: Adilson Vieira

Escrever

Eu preciso voltar a escrever
Como quem sente dor
Escrever sobre tudo,
Sobre o Amor

Por: Adilson Vieira

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Em Algum Lugar

Como a estrela cadente
Cruzei a imensidão
Vi nebulosas
Uma só constelação
Andei pelos espaços
Perdi a direção
Quando encontrei você
Sozinho no tempo
No ciclo à mercê
No deserto do vento
No silencio, um momento
Descobri o meu tempo
Em vão será você
Esquecido no tempo
No ciclo, na estação
Um sonho, um sentimento
Em algum lugar
A ilusão de um momento


Por: Adilson Vieira

Dúvida

Quantos sonhos tive
Dos quais não sonho mais ?
Por que não os vivi ?
A vontade não foi contumaz ?

Quantas vidas tive ou terei ?
Não sei,
Mas a que agora tenho,
É melhor ou serei ?!


Por: Adilson Vieira

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Como...

Como uma criança, eu peço tua atenção
Como um doce perfume, peço que me sintas
Como um raio de sol, peço que veja minha luz
Como uma flor desabrochando, peço que vejas minha beleza
Como uma correnteza, peço que se jogue em meus braços
Como uma fogueira, peço que me deixe te aquecer
Como um mapa , peço que me deixes te guiar
Como o vento, peço para que me deixe te tocar
Como uma piada, peço que me deixe te fazer sorrir
Como um filho, eu imploro pelo seu amor
Não consegue me ver ?
Eu estou em todos os lugares

Por: Leticia G. Vieira

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Aquele olhar

Distante, e ao mesmo tempo tão perto
Fingido, mas por vezes soa tão sincero
Sensível, e ao mesmo tempo tão duro
Que me aquece, mas mesmo assim é tão frio
Indecifrável, e as vezes tão óbvio
Transparente, que esconde tantos segredos
Mutante, e ao mesmo tempo tão decidido
Tão atento e tão distraído
Quieto e mesmo assim tão extrovertido
Calmo como uma tempestade
Claro como a luz do anoitecer
Áspero e mesmo assim tão suave
Ora feliz ora triste, com o humor sempre em uma constante de fatos
Que não mudam a realidade
Tão enigmático e tão simples
Tão discreto e mesmo assim tão atraente
Tão bonito e tão indiferente
Tão experiente mas tão jovem
Tão igual, porém inconfundível
Ah eu poderia escrever um poema sobre aquele olhar
Quem me dera decifrá-lo
Quem me dera ter palavras para descrevê-lo por completo
Quem me dera entende-lo
Ah se eu pudesse pegá-lo para mim para analisar cada traço
Cada linha
Cada característica
E descobrir todas as nuances de cor em um olhar tão uniforme
Uma constante de mudanças
Tão bipolar


Por: Leticia G. Vieira

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ser Feliz

De novo aqui vou remando no mar da vida e tentando encontrar um porto fora de mim. Porto chamado felicidade. Não que eu seja infeliz. Mas também não sou plenamente feliz. Fico assim, como um pêndulo ora pra lá, ora pra cá, nesse balanço. O que é felicidade ? É ter ou alcançar o que se busca, i.é, apenas um desejo realizado ? Parece pouco para um bem cada vez mais raro . Se for verdade então dificilmente serei feliz, porque todo desejo satisfeito deixar de existir e deixando de existir a felicidade vai com ele, um bem não durável . Pêndulo pra lá.

Ser feliz é ter um pouco de infelicidade e felicidade. Parece loucura, se felicidade é desejo satisfeito então para ser feliz sempre terei que desejar, porque o fim da felicidade é o fim do desejo [outra forma capitalista de ser feliz ou infeliz ? Realizar é matar ] uma contínua busca do que [me ou nos] falta. Mas o fim de um desejo sempre me leva ao tédio porque parece que não há nada mais a buscar, e se não há, torno-me infeliz porque passei a vida desejando desejar. Assim, para ser feliz tenho que desejar o que não posso ter ou o que não depende de mim, o que fecunda em mim a esperança de esperar não ter que esperar mais. Pêndulo pra cá.

Dizem alguns filósofos que desejo é falta, verdadeiro, pelo menos para mim. Então realmente não posso ser feliz [serei infeliz] porque como posso ser feliz tendo falta ? Quando digo que “te amo” na verdade estou dizendo que sinto sua falta e se eu sinto sua falta já não amo como deveria porque procuro satisfazer minha falta com tua presença [ egoísmo ], como se amar é ser livre de egoísmos ? Como alcançar sem destruir pela satisfação ? Pêndulo pra lá.

Assim, neste jogo que aparentemente sempre se perde [ sempre com um olho no que foi e outro no que virá ] vou esquecendo de ver “o que é”. Fica cada vez mais claro para mim que felicidade é uma jornada, na qual aprendemos a juntar os cacos [meu e seu] que somos e encontramos [um pêndulo pra lá e pra cá sempre constante]. É aprender a contentar-se, com o que se tem e com que se é, difícil tarefa para seres insatisfeitos. Será ? A jornada de cada um de nós no final é que poderá dizer. O que posso dizer por enquanto é que sou feliz por você existir [sem cobrar ou pedir algo em troca, por nada], uma forma diferente de amar e ser feliz.


Por : Adilson Vieira

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Meditando e Navegando

Quando estou desiludido,
Quando estou com amor ferido,

Meditando.

Iço as velas do meu pensamento,
Lanço-me no mar dos sentimentos,

Navegando.

Nessa paz de solidão
Confortando o coração

Meditando, Navegando.

Contemplando lindas gaivotas,
Que sobrevoam humildes ilhotas,

Meditando.

Sinto-me leve e sereno
E meus lamentos prosseguem amenos,

Navegando.

Nessa paz de solidão
Confortando o coração

Meditando, Navegando.


Letra e Musica por: Adilson Vieira

Disfarce

Voce parece uma fada
Que em sonhos me aparece assim
Mas eu acordo e vejo-me na entrada
De um caminho sem fim
Quando andas
Seu olhar me encontra nas fendas
Escondido dentro de mim
Calado aprendo contos,
Lendas, de uma pessoa assim
Você passa todo dia em busca de suas metas
Eu me escondo, disfarço, refaço e você não liga pra mim
Voce é amiga de todo mundo, faz descobertas
Em busca do direito
Eu me guardo pra voce, não sou forte, nem bonito
O modelo perfeito não se encontra em mim
Por isso você passa e nem me olha
E não sabe dos valores que existem em mim
Pois, os valores que você busca ter e ver
Não são os que me tornam assim

Por: Adilson Vieira

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Porque Escrevo

Escrevo porque não falo
Não falo porque minha boca
Não encontra as palavras como
A Minha mão
Ouvir diz mais que o som da boca
Escrevo porque é mais fácil
Ler do que ouvir
Meus olhos ouvem melhor
Do que os meus ouvidos
Dispersos em palavras
Não falo porque escrevo
Logo, já não escrevo, mas falo por sinais.

Por: Adilson Vieira

Transgredindo

Foram teus olhos ou teu olhar
Que me encantaram ?
Foram teus sonhos ou teu sonhar
Que me prenderam ?
Quanto de ti carrego em mim
Todo dia ?
Quanto de mim escondias em ti
Enquanto fingias ?
Há uma vela acesa no tempo
Que não pode ser apagada
Assombro de um vislumbre
Inacabado dentro de mim
Oh! mar oculto que não ocultas
Tuas ondas revoltas
Vencer, vencido, sonhar perdido, enfim...
Foram os teus ou os meus nos tempos idos ?
Contínuo olhar transgredindo...

Por: Adilson Vieira

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Criação

Criação,
Um momento
Maior do artista
Que faz de seu dom
Sinais, sua vida
Obra que nos vem

Toda criação vem de Deus
Vem de Deus você !

Abraçando este sonho
De viver acordado
Ao som, sentimento
A Luz do cuidado
Obra que nos vem

Toda criação vem de Deus
Vem de Deus você !

Dedicado a Flávio Venturini e Pedro Sabiá

 www.pedrosabia.com
 www.flavioventurini.com.br

Musica e Letra por: Adilson Vieira

terça-feira, 4 de maio de 2010

Akemi's Song

What's to be live
Could you tell me ?
My smile is in your hands.

What's to be happy
Could you tell me ?
Can see my future
In your eyes.

People say :
"Don't believe anybody"
I can see your heart
Open to us, you're so pure !

Akemi !

Por: Adilson Vieira

Batalha

A ilusão de um sentimento
Cria imagens concretas na alma
A razão perturba-se não entendendo
Como o irreal pode tornar-se real
A emoção como ondas gigantes
Invadem as praias do coração
Nascendo um buraco negro
No universo do ser
Trava-se então, uma batalha na vastidão
Quais as armas desta luta ?
Como vencer o que se oculta ?
Mas vejo nascer na amplidão do horizonte
Com um pulsar de um quasar
A esperança de vencer
A distancia em minhas mãos
Apontando uma lança na fé
Contendo em sua ponta o incontível
No momento mais visível
O eterno se alcança

Por: Adilson Vieira

Arte de Amar

Olho em minha volta
E vejo um mundo lindo
Que eu tenho pra te dar
Mas eu me retraio olhando nos seus olhos
O que isto vai mudar ?

Então, eu me preparo
Para o que a vida pode oferecer
Algo como a luz de um lindo
Sentimento que fará voce crescer

Olho para o céu e vejo
Que as estrelas não se cansam de brilhar
Olho ao meu lado e vejo
Um sorriso triste, quase a chorar

Tudo nessa vida
Tende algum dia à se transformar
Esteja em uma flor
Ou em um amor
Tudo em arte de amar

Por: Adilson Vieira

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Simplesmente Existe

[In Memoriam: Pr André N'Guina Quiala]

Essa é uma dor que voce não precisa sentir para saber que existe. Uma vez que você passa por ela, ela entra em você e te acompanha para sempre. Voce pode deixar de lembrar dela por vários momentos, pode até sorrir e dar gargalhadas, por mais difícil que isso seja depois que a dor habita em você, mas quando você está sozinho, e olha para o lado mais interno e delicado de sua alma, aquele que só você e mais ninguém tem acesso, você pode ver claramente que ela ainda está lá. Que ela ainda aperta o seu coração, ativa as lembranças e umedece os olhos. Voce tenta esconde-la de você mesmo. Por mais que o tempo passe e que as coisas felizes aconteçam, por mais que você aparente felicidade, não importa.


Quando você abrir aquele livro e ouvir aquela musica você vai lembrar como se fosse no dia, e mesmo sem querer, vai deixar as lágrimas ferirem seu rosto limparem sua alma.

Voce nunca mais será privado de sentir essa dor, ela vem sem deixar um bilhete e sem dar qualquer tipo de aviso. Esteja onde estiver, com quem você quiser, num momento alegre ou triste, num ato involuntário e inconsciente de um simples pensamento, ela vai voltar, com toda intensidade e força, derrubando seus sentidos e dominando por completo sua consciência, percepção e memória. Não é uma dor que você quer sentir, é uma daquelas que mudam sua visão de realidade, e de como as coisas são efêmeras e só de pensar que uma ligação ou um email mataria a saudade um pouco... O amor também é outra coisa que o tempo não muda e nem altera. E a relação entre a dor e esse amor se entrelaça e se confunde, fazendo o sentimento de culpa e de saudade se intensificarem e ficarem cada vez mais nítidas ao passar do tempo, sempre...

Por que o amor também é uma daquelas coisas que você não precisa sentir para saber que ele continuará lá. Voce não precisa sentir uma dor ou sofrer por ela para saber ou lembrar que o amor existe. Nada pode despertá-lo. Porque ele é igual a dor, ela simplesmente existe.



Por: Leticia G. Vieira

terça-feira, 13 de abril de 2010

À Alguém Melhor Que Eu

Deus, onde está meu coração ?
Está nas asas da ilusão,
Semeando uma canção ?

Só tu podes entender
Aqui dentro do meu ser
Já cansado de sofrer

A esperança que distrai
Esconde minha fé
De sonhar os sonhos teus

Que amar é aprender
A lição de pertencer
À alguém melhor que eu.


Por: Adilson Vieira

domingo, 11 de abril de 2010

Amigo

Amigo é como uma criança,
nasce no coração da esperança.


Por: Adilson Vieira

Esperança

A minha esperança é esperar
não ter que esperar mais.

Por : Adilson Vieira

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Parte e o Todo

A vida toda parte
Em busca de alguém todo,
Mas encontramos em todos
A parte de um todo
Assim, a vida toda buscamos
A parte que nos cabe neste todo.

Por: Adilson Vieira

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Procura do Tempo

A medida,
Dosagem incerta das cores
Das dores do tempo que resta
Invade nosso sonho,
Inconsciente
Transporta nossas metas,
Objetivos latentes
Entre tantos caminhos
Um nos espera
A procura do tempo
Que em si mesmo
Se encerra

Por: Adilson Vieira

terça-feira, 23 de março de 2010

Brilhante

Quando a clara luz
Da estrela brilhante
Luz das esquinas
Dos bares flutuantes

Sob essa lua
Sonhos de amor

Teu corpo como luz
Das estrelas nesse azul
Brilhante

Te espero não me opus
Amor do norte ao sul
Radiante


Musica e Letra: Adilson Vieira

segunda-feira, 22 de março de 2010

Progresso Vazio

As águas que correm
Já não são tão puras
E os homens não querem saber
Se um dia já foram puras

Preferem fazer projetos
Para o futuro
Te deixando morrer
Obscuro

Falam a quem devemos ferir
A quem não devemos sorrir
Se esquecem da natureza
E de si próprios com certeza

Não chore meu pequeno rio
Eles te esquecem,
Mas vão sofrer com este
Progresso vazio.

Música e Letra: Adilson Vieira

Coração (Na Primeira Vez)

Primeiro a gente se olha
Depois a gente se toca
E diz mil palavras
De amor

Depois vem os encontros
Vai ficando mais forte
E não há quem suporte
A força do amor

Hoje a gente se ama,
Amanhã se engana
Oh! não, coração !

Na primeira vez
A gente se entrega,
Depois não há trégua
Oh! não, coração !

Por: Adilson Vieira

domingo, 14 de março de 2010

Falando de Mim

Escrevo palavras em dor
Que levo nas asas do amor
Som para o mundo me ouvir
E pra voce me sorrir

Como as águas de um rio
Que descem tão de repente
Na sua foz esparramo
Minhas lágrimas lentamente

Letra e Música:  Adilson Vieira

quarta-feira, 10 de março de 2010

Nas Entrelinhas

Voces pediram um poema
Mas não disseram sobre “o que ?”
Eu parti com este dilema
Escrever sem ter um “porque”
Pensei aplicar meu conhecimento
Refletindo sobre a vida
Mas houve um silencio no pensamento
Pois estou de partida
Escrever no papel não basta
Isso parece fácil, mas não muda
Vidas que parecem tão vastas
Pode o poema mudar a conduta ?
Então, só existo de fato
Enquanto existirem estas linhas
Na vida com muito jeito e tato
Lembrarei vocês nas entrelinhas

Dedicado aos Alunos do ICC

Por: Adilson Vieira

segunda-feira, 1 de março de 2010

Reviver

Saberia amar
A amizade
Do mar da saudade
Que invade
Meu sonho de te ter ?
Saberia sonhar
O amor no mar
Da cidade
Que invade
Toda dor de te querer ?
Quisera saber ser
O que amo,
Não o que sonho.
Profundo mar risonho
De reviver.

Por : Adilson Vieira

There's a river inside my heart

There's a river inside my heart
When I call you to come to me
You come, you come to me
Like a river of clean waters
Carrying-me peacefully
To life waters... life waters...

Letra e Música : Adilson Vieira

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Oceano Incompleto

Um amor, uma flor
Uma pétala no chão
A vagar, devagar
Pelas ruas da ilusão
Vento frio, destruiu
E secou meu coração
Um silêncio no lugar
Desafia o querer
Amanhã já vai chegar
Que saudades de você

Letra e Musica: Adilson Vieira

Ponto de Vista

Ponto de vista depende do ângulo
O ângulo depende do grau
Vejo o mundo de diferentes graus
Porque viajei do horizonte azul
Transpus meu sonho de ser
Ao velejar no mar do vento
Adentro ao exterior o que o interior pediu
Grande viagem no sentido inverso da vida
Parte de mim, partiu...
Imponderável vértice de mim
Unindo-se e rasgando o mar do vento
Neste uníssono instante
Não mais variante,
Sem dissonantes
Encontrei-me comigo mesmo.

Dedicado ao Professor Milton Gomes Junior

Por : Adilson Vieira

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Enquanto

Enquanto eu velava, voce dormia
Enquanto eu sonhava, voce fingia
Impossivel...
Enquanto eu andava, voce corria
Enquanto eu construía, voce consumia
Inadmissivel...
Enquanto eu pensava, voce fugia
Enquanto eu acreditava, voce desistia
Insensível...
Enquanto eu perguntava, voce não ouvia
Enquanto eu perdoava, voce não entendia
Incompreensível...

Por: Adilson Vieira

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Miragem

Foi miragem
A imagem, ou bobagem
Estando à margem ?
Sua mensagem
Virou minha estalagem
Abriu passagem, pensei :
- Muito bem !
Feliz alguém
Cujo dom não retém
De querer bem, só o bem
O bem de alguém...
Foi miragem
A imagem, ou ilusões
Que surgem,
Quando não procurava
Ninguém ?

Por: Adilson Vieira

Viagem

Resolvi fazer uma viagem
A um planeta distante,
Tão distante quanto o sol.
Resolvi percorrer o caminho inverso
Do universo dentro de mim,
Em busca de outro sol
Com labaredas pulsantes
Uma auto combustão que bate
Que invade o céu de mim,
Para redescobrir o que há enfim,
Nos lugares de sonhos e emoções,
Nos lugares onde a terra treme,
Onde os rios transbordam
Nos áridos desertos de palavras

Por: Adilson Vieira

Saudades Do Que Não Fui

Não tenho medo da morte porque por ela já passei,
Tenho medo da saudade, das coisas que não realizei.
Do beijo que não dei,
Do medo que não tive,
Da viagem que não fiz,
Do sonho que não realizei,
Da lágrima não vertida,
Não ter arriscado mais,
Da brincadeira que não fiz,
Não sorrir como menino,
Da campanhia que não toquei,
Do "não"que não disse,
Dos versos que não fiz,
Das palavras que ficaram por dizer,
Do grito que não dei,
Do amor que não quis,
Do mar que não pisei,
Da paz que não pude dar,
Da alegria que não mostrei,
Das alternativas que não propus,
Da humildade nos momentos decisivos,
Da alma calma que não passou por mim,
Da cama desarrumada.

Por: Adilson Vieira

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Tempo

O tempo que escapa como água por entre os dedos não é de se prender, mas de não saber viver.
O tempo que não se soube viver e que passou foi por não termos e nem propormos alternativas adequadas.
O tempo vem e vai como ondas do mar, no mar da vida...e "já não tenho tempo para ver o tempo correr por aí".
Meu tempo escasso no andar dos meus passos deixou para trás de mim o que de mim restou. Meu olhar perdeu-se no tempo de um tempo que o vento levou.
Mas o tempo também abriu novas janelas no tempo que resta e aberta está a alma a elas.

Por : Adilson Vieira